Como simplifiquei um processo em Museologia com uma solução digital
1. Contexto e problemática Durante a graduação em Museologia, participei da disciplina Tópicos Especiais em Museografia, que envolvia a prática de conservação de obras de arte. Parte essencial da atividade era o preenchimento de fichas catalográficas contendo detalhes do processo de limpeza e conservação das peças. O método adotado até então apresentava diversos desafios: As fichas eram físicas ou digitalizadas de forma despadronizada. Os alunos preenchiam manualmente e, depois, enviavam imagens por e-mail separadamente. A professora precisava revisar documentos soltos e organizá-los. A instituição recebia os registros de maneira fragmentada e pouco eficiente. Além disso, a turma era composta por perfis diversos, com diferentes níveis de familiaridade com ferramentas digitais. Esse processo gerava retrabalho, perda de tempo e dificultava o arquivamento sistemático das informações. 2. Surgimento da ideia Diante desse cenário, e trazendo minha bagagem como UX Designer, identifiquei a oportunidade de simplificar o fluxo de trabalho de forma acessível para todos os envolvidos. A proposta foi criar um template padronizado no Google Docs, que os alunos poderiam duplicar e preencher com base em instruções claras inseridas como comentários ao longo do documento. Essa escolha levou em conta: A familiaridade da maioria com editores de texto simples. A necessidade de anexar imagens diretamente no arquivo. A facilidade de revisão posterior pela professora. Após o preenchimento por todos os alunos, os documentos foram organizados em ordem numérica em um único arquivo. Essa versão consolidada foi então revisada pela professora e enviada à instituição responsável por e-mail — de forma clara, padronizada e sem perda de informações. 3. Principais pontos de atenção Acessibilidade e inclusão: Escolhemos uma ferramenta conhecida e gratuita, para garantir que todos conseguissem participar, mesmo com níveis variados de habilidade digital. Padronização e usabilidade: O uso de comentários explicativos no próprio template garantiu consistência nas informações e facilitou o preenchimento. Organização e fluxo final: A consolidação manual dos documentos otimizou a revisão da professora e melhorou a entrega para a instituição — agora em um formato limpo, completo e digitalizado. O que eu aprendi com essa experiência Mesmo em ambientes não-digitais, os princípios de UX são aplicáveis e fazem diferença. Essa experiência me ensinou que: Boas soluções não precisam ser complexas, mas adaptadas à realidade dos usuários. Observar as dores reais e criar soluções simples pode impactar positivamente diversos perfis. Comunicação clara e fluxos acessíveis aumentam a adesão — mesmo fora do contexto tradicional de produtos digitais.

1. Contexto e problemática
Durante a graduação em Museologia, participei da disciplina Tópicos Especiais em Museografia, que envolvia a prática de conservação de obras de arte. Parte essencial da atividade era o preenchimento de fichas catalográficas contendo detalhes do processo de limpeza e conservação das peças.
O método adotado até então apresentava diversos desafios:
- As fichas eram físicas ou digitalizadas de forma despadronizada.
- Os alunos preenchiam manualmente e, depois, enviavam imagens por e-mail separadamente.
- A professora precisava revisar documentos soltos e organizá-los.
- A instituição recebia os registros de maneira fragmentada e pouco eficiente.
- Além disso, a turma era composta por perfis diversos, com diferentes níveis de familiaridade com ferramentas digitais.
Esse processo gerava retrabalho, perda de tempo e dificultava o arquivamento sistemático das informações.
2. Surgimento da ideia
Diante desse cenário, e trazendo minha bagagem como UX Designer, identifiquei a oportunidade de simplificar o fluxo de trabalho de forma acessível para todos os envolvidos.
A proposta foi criar um template padronizado no Google Docs, que os alunos poderiam duplicar e preencher com base em instruções claras inseridas como comentários ao longo do documento. Essa escolha levou em conta:
- A familiaridade da maioria com editores de texto simples.
- A necessidade de anexar imagens diretamente no arquivo.
- A facilidade de revisão posterior pela professora.
Após o preenchimento por todos os alunos, os documentos foram organizados em ordem numérica em um único arquivo. Essa versão consolidada foi então revisada pela professora e enviada à instituição responsável por e-mail — de forma clara, padronizada e sem perda de informações.
3. Principais pontos de atenção
- Acessibilidade e inclusão: Escolhemos uma ferramenta conhecida e gratuita, para garantir que todos conseguissem participar, mesmo com níveis variados de habilidade digital.
- Padronização e usabilidade: O uso de comentários explicativos no próprio template garantiu consistência nas informações e facilitou o preenchimento.
- Organização e fluxo final: A consolidação manual dos documentos otimizou a revisão da professora e melhorou a entrega para a instituição — agora em um formato limpo, completo e digitalizado.
O que eu aprendi com essa experiência
Mesmo em ambientes não-digitais, os princípios de UX são aplicáveis e fazem diferença. Essa experiência me ensinou que:
- Boas soluções não precisam ser complexas, mas adaptadas à realidade dos usuários.
- Observar as dores reais e criar soluções simples pode impactar positivamente diversos perfis.
- Comunicação clara e fluxos acessíveis aumentam a adesão — mesmo fora do contexto tradicional de produtos digitais.